10 de março de 2010

Londrina lucra com ação ambiental    

Londrina conseguiu reduzir em 21 vezes o nível de poluição da camada de ozônio, graças à queima do gás metano (CH4), produzido pelo lixo depositado no Aterro Sanitário Municipal. Com a queima, o CH4 é transformado em CO2 (gás carbônico), reduzindo os níveis de poluição e gerando "créditos de carbono" que podem ser negociados em bolsa de valores, previstos pelo Protocolo de Kyoto. Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são certificados emitidos para um agente que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa (GEE).

O protocolo, assinado em 2001, prevê que os países ou municípios que adotam Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDLs) possam comercializar comodities (títulos) em bolsa de valores, vendendo os como "créditos de carbono", medidos por toneladas de gás carbônico (CO2), aos países ou cidades que não conseguem reduzir seus níveis de poluição. Esses créditos, comprados por esses países ou municípios, possibilitam que eles possam se adequar aos níveis exigidos pelo Protocolo de Kyoto. Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional. A redução da emissão de outros gases, igualmente geradores do efeito estufa, também pode ser convertida em créditos de carbono, utilizando-se o conceito de Carbono Equivalente.

Londrina já havia sido selecionada pelo Ministério das Cidades, em junho do ano passado, num grupo de apenas 30 cidades brasileiras, a maioria capitais, para desenvolver um projeto de aproveitamento do gás metano produzido no aterro sanitário. O objetivo do Ministério das Cidades é que o gás metano produzido nos aterros sanitários, dependendo do potencial, possa ser aproveitado na produção de energia (biogás). É aguardada para os próximos dias a vinda à cidade de um técnico da empresa britânica "Ecosecurity", que vai avaliar o potencial do aterro sanitário em "créditos de carbono". A empresa Ecosecurity é uma das maiores do mundo em comercialização de títulos de carbono e uma das pioneiras na América do Sul em atuar com implantação de MDLs.



Por Rafael Patriarca, Margareth & Caio

Nenhum comentário:

Postar um comentário