Análise do Instituto Data Popular revelou que as jovens da base da pirâmide estudam mais do que seus pais estudaram
O mercado de trabalho feminino é composto, em sua maioria, por mulheres da base da pirâmide. A tendência é que este grupo continue dominando o mercado e, consequentemente, o consumo. É o que indica uma análise do Instituto Data Popular, que revelou que as jovens da classe C estudam mais do que seus pais estudaram e apresentam maior interesse pelo mercado de trabalho comparado às mulheres da classe A.
Segundo o estudo, 68,1% destas mulheres já possuem escolaridade maior que a da mãe.
Atualmente 51,3%, ou seja, 96 milhões da população brasileira é feminina, e 80,6 milhões estão nas classes C, D e E. É cada vez mais difícil distinguir a diferença de preparo entre as novas trabalhadoras. Na classe A, a média de tempo de escola é de 12,7 anos. Já na classe B o número cai para 10,5 anos, enquanto as mulheres da classe C estudam, em média, 7,7 anos. Mas isso tende a mudar.
No Brasil, 30% dos domicílios são chefiados por mulheres. Entre as classes A-B, 25% da renda familiar vem delas, já na classe C, os rendimentos femininos representam 40%, o que significaria que a classe C está saindo para trabalhar. A tendência observada na realidade brasileira é de que com a universalização do ensino médio e o aumento de jovens no ensino superior, mais mulheres da classe C estudem e se tornem chefes de família.
Entre as jovens de 18 a 25 anos da classe C, em comparação com a geração dos pais, já é nítida a mudança que está ocorrendo: 58,9% fazem mais pesquisa de preço antes de comprar; 59,6% são mais estressadas; 70,3% são mais interessadas em política; 72% têm menos tempo para se dedicar à família; 79,2% são mais vaidosas e 91,7% são mais consumistas.
Liziane Teixeira
Graduanda em Marketing e Propaganda
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